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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Dirigente da Fifa critica falta de punições da própria entidade contra discriminação - MSN Esportes

Jeffrey Webb lamentou a postura branda do Comitê Disciplinar da Fifa em casos de descriminação (© Getty)
A edição desta quinta-feira do briefing diário da Fifa foi marcada por divergências de opiniões. O presidente da Concacaf - confederação de futebol da América do Norte, Central e Caribe - e membro do Comitê Executivo da Fifa, Jeffrey Webb, criticou a postura branda da própria entidade no combate à discriminação.
"Não importa se é direcionado a uma pessoa específica ou não, para nós é discriminação", afirmou Webb, em tom sério.
Antes, o presidente do Comitê Disciplinar Fifa, Claudio Susler, fora questionado pelos jornalistas sobre a falta de punições em casos como o da torcida mexicana, que chama os jogadores adversários de "putos" - insulto utilizado para homossexuais -, ou da croata, que teria levado bandeiras com mensagens nazistas a estádios. Segundo Susler, não há como punir os mexicanos pelo fato de o insulto não ser direcionado a uma pessoa em particular, e não haveria como identificar a nacionalidade dos torcedores no caso das mansagens nazistas.
"Não concordo, não apoio esse tipo de comportamento. Mas o Comitê Disciplinar chegou à conclusão de que não havia propósito de insultar só um jogador (no caso do México). Existem tantos comportamentos inapropriados em jogos de futebol, tantos insultos, gritos. Mas é muito difícil estabelecer sanções. Tentamos ser coerentes", explicou Susler, que também defendeu o Comitê Disciplinar ao lembrar outras sanções impostas em casos de racismo recentes.
"O Comitê Disciplinar teve decisões importantes contra a discriminação. Gostaria de lembrar do Simunic, que recebeu um banimento de 10 jogos por comportamento inadequado (cânticos nazistas após a classificação da Croácia ao Mundial, sobre a Islândia). Teve o caso da Ucrânia também, que teve um jogo sem espectadores (por comportamentos racistas de torcedores)", lembrou.
Agentes anti-discriminação
Aparentando alguma frustração, Webb ainda falou sobre o projeto de criação de um escritório anti-discriminação. A ideia era, já para esta edição do Mundial, treinar agentes capazes de reconhecer comportamentos discriminatórios em estádios e apresentar relatórios ao Comitê Disciplinar. A ação, segundo a Fifa, não foi implementada por falta de tempo hábil.
"Para essa Copa não conseguimos implementar. Mas claramente indentificamos como uma das principais prioridades, pelos exemplos que temos visto. Precisamos de indivíduos que identifiquem, reconheçam, que possam dar ao Comitê Disciplinar relatórios do que é visto nos estádios", afirmou Webb.
Os jogos válidos pelas quartas de final da Copa do Mundo-2014, nesta sexta-feira e sábado, serão marcados por ações da Fifa na campanha "Say No to Racism" (diga não ao racismo). Um vídeo será exibido nos telões e na transmissão da televisão antes do apito inicial.

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