É uma revolução”. Assim define Tamires Gomes Sampaio, 20 anos, a primeira mulher negra a chegar a direção do Centro Acadêmico de uma Universidade reconhecida como reduto do conservadorismo paulistano: a Universidade Mackenzie.
Ela ganhou as eleições e tomou posse na 60ª gestão do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade, com integrante de um coletivo de esquerda organizado a partir de 2013 para combater a opressão no campus. Tamiris é bolsista do Programa Universidade para Todos (ProUni), programa de financiamento universitário do Governo Federal e mora em Guainazes, na Zona Leste de S. Paulo.
Tamires disse a repórter Letícia Mori, da Folha, acreditar que o perfil da Mackenzie está mudando por causa do aumento do programa de bolsas. “Por conta do perfil da universidade, quem é conservador tem mais voz. A gente quer que quem for de esquerda, prounista, gay, feminista também tenha chance de discutir”, afirma.
Filha de militante do movimento negro, ela tirou o título de eleitor aos 16 anos, e desde pequena se envolveu com o ativismo. Ela disse que não tem planos para concorrer a cargos eletivos depois que concluir a Universidade: “É muito complicado”, conclui.
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