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domingo, 30 de março de 2014

Após vencer Oscar, Lupita Nyong'o enfrenta o preconceito de Hollywood - UOL


A atriz queniana Lupita Nyong'o, nascida no México quando os pais visitavam o país, brilhou muito no Oscar deste ano por sua beleza e pelo seu talento. A atriz deixou a premiação com a estatueta de melhor atriz coadjuvante por "12 Anos de Escravidão", que também levou o prêmio de melhor filme. Com um currículo invejável, a atriz deveria estar sendo disputada a tapas pelos executivos dos estúdios, mas segundo reportagem do site The Hollywood Reporter, não é isso que está acontecendo. A atriz enfrenta dificuldades por ser negra.
Após ganhar um Oscar, esperava-se que ela, antes do filme uma completa desconhecida, entrasse para a lista A de Hollywood, assim como aconteceu com Jennifer Lawrence, mas as coisas não são tão simples assim. Hollywood tem atores negros no alto escalão, como Eddie Murphy, Denzel Washington e Will Smith, mas não há nenhuma atriz negra com o status alcançado por Julia Roberts. Whoopi Goldberg chegou perto quando ganhou o Oscar de melhor atriz por "Ghost", mas apesar desse momento, ela não conseguiu se sustentar no topo.

Para complicar ainda mais as perspectivas de Noyong'o, ainda há o preconceito da indústria que costuma favorecer atrizes com a pele mais clara. "A Beyoncé seria quem ela é se ela não tivesse a cor que ela tem?", questinou o agente de talentos Tracy Christian. "Com a pele mais clara, mais pessoas podem olhar para sua imagem e se identificar. No caso da Lupita, eu acho que ela tem dois anos e meio, três. Se ela encontrar uma franquia, como 'Star Wars' e 'Identidade Bourne',  ou se for escalada por um diretor importante, ela brilhará".
Em uma entrevista para a revista "Essence", a atriz disse que quando era mais nova, rezou para ter uma pele mais clara. Ela via sua pele como um obstáculo a ser superado até que, inspirada pela modelo sudanesa Alek Wek, começou a se apreciar. "Eu espero que minha presença na tela leve outras meninas a admirarem sua própria beleza", disse ela.
O produtor executivo de "Dear White People", filme com um protagonista negro, disse à reportagem que espera que Hollywood deixe o preconceito para trás. "Encontrei com Lupita algumas vezes e o que mais me fascinou foi o seu intelecto. Nyong'o já está provando que é mais do que um rostinho bonito, com um tipo de inteligência atrai diretores de primeira linha", disse ela. "Todos gostariam de assinar com ela", disse um agente de grandes filmes sobre a impressão que ela deixou em Hollywood. Agora, ela deve estar tendo encontros com Spielberg e Scorsese. O que ela deve fazer é apenas trabalhar com grandes diretores". 

Torcida do Espanyol imita macacos para Neymar e atira banana - Terra

Banana foi arremessada no gramado de Espanyol x Barcelona Foto: Getty Images

De acordo com a imprensa espanhola, torcedores do Espanyol imitaram sons de macacos para provocar os brasileiros Neymar e Daniel Alves na partida contra o Barcelona, neste sábado, no Estádio Cornellà-El Prat. O racismo da torcida da casa também envolveu uma banana que foi atirada no gramado.O futebol espanhol tem um vasto histórico recente de atitudes racistas contra jogadores. O lateral direito Daniel Alves já sofreu com gritos preconceituosos em outros momentos, o que chamou de "guerra perdida". Já o zagueiro Paulão, do Betis, ouviu sons de macacos de sua própria torcida e foi aos vestiários chorando.
O Barcelona venceu a partida por 1 a 0, com gol de Lionel Messi, que converteu pênalti polêmico sofrido por Neymar. Com o resultado, o time catalão se mantém firme na luta pela liderança do Campeonato Espanhol.

Estupro Nunca!!!

sábado, 29 de março de 2014

Programa da TV Brasil conta a história e os feitos de Nelson Mandela

Nova África conta a história de um dos maiores líderes mundiais de toda a história: Nelson Mandela. Acompanhe a trajetória desse líder que revolucionou toda uma nação por meio da paz e do diálogo, lutou pelo fim do Apartheid, sistema racista que dividiu a África do Sul em negros e brancos, e viveu duros 27 anos de prisão política.
Veja como se deu o início da segregação racial oficial feita na África do Sul e como um partido formado por brancos instituiu leis severas contra a população negra do país.
Nascido em um vilarejo no interior do país, Mandela iniciou cedo sua luta contra a política racista. Depoimentos como o do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, revelam um lado ainda desconhecido desse líder africano.
Acompanhe ainda uma visita à prisão Robben Island, em que Mandela esteve preso. Thulani Mabaso, ex-presidiário e guia turístico da prisão, fala sobre o dia a dia de Mandela em tempos de cárcere e mostra como foi a continuidade de sua luta, apesar da falta de liberdade.
O programa também conta a sucessão de acontecimentos que levaram Nelson Mandela à liberdade e sua ascensão à presidência da República. Mas além de sua vida pública, o Nova África revela a intimidade desse grande líder.
Em entrevista, Graça Machel, terceira esposa de Mandela, fala dos ideais e da luta pela liberdade travada por ele. O programa revela também o envolvimento de Nelson Mandela nas causas sociais, principalmente no combate ao HIV, que vitimou um de seus filhos, e a sua dedicação nas reformas que mudaram profundamente a vida da nação e o estabelecimento da democracia no país


Visite o site do programa:
http://tvbrasil.ebc.com.br/novaafrica/episodio/nelson-mandela-e-a-revolucao-na-africa-do-sul

Campinas terá Fórum para fomentar ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas - A Cor da Cultura


Ensino está previsto na Lei Federal 10.639/ 2003 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Objetivo do Fórum também será promover o diálogo sobre racismo e cultura africana. Posse do colegiado será na sexta (21 de março)- Dia Internacional de Luta Pela Eliminação da Discriminação Racial

Campinas, 20 de março de 2014- Campinas terá um Fórum Permanente de Educação e Diversidade das Relações Étnico-Raciais. O principal objetivo do Fórum será propor, orientar e gerir ações para o ensino da história e da cultura africanas e afro-brasileiras em todas as escolas de ensino fundamental e médio da cidade. Estes ensinamentos estão previstos na Lei Federal 10.639/ 2003 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), mas ainda não são cumpridos plenamente em Campinas e na maioria das cidades do País. O Fórum também deverá promover o diálogo sobre racismo e cultura africana.

A posse do Colegiado (composto por 14 membros) será nesta sexta (21 de março), Dia Internacional de Luta Pela Eliminação da Discriminação Racial, a partir das 18h30, no Plenarinho da Câmara Municipal. O Colegiado terá representantes da Prefeitura (6), da Câmara Municipal de Campinas, do Movimento Negro, de entidades sindicais e das universidades PUC-Campinas, Unicamp e Unisal. A criação do Fórum é uma das ações resultantes da campanha de combate ao racismo É Racismo. Não é Um Mal Entendido!, lançada pelo mandato do vereador Carlão do PT em parceria com grupos e militantes do Movimento Negro de Campinas, no início de 2013.

Carlão explica que este Fórum já existe em várias outras cidades e que a eleição dos membros será a cada 2 anos. “A execução das ações propostas pelo Fórum será de responsabilidade da Prefeitura, mas deverão envolver também as escolas estaduais e particulares”, explica ele. O vereador acredita que o ensino da história e cultura africana para as crianças e adolescentes é a contribuição mais importante para o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial.

Protesto ‘Não mereço ser estuprada’ movimenta Facebook após resultado de pesquisa - O Globo.com


Internautas postaram fotos com o dizer ‘Eu não mereço ser estuprada’
Foto: Reprodução

RIO - Um protesto virtual batizado como “Eu não mereço ser estuprada” movimentou ontem à noite o Facebook. A manifestação aconteceu um dia depois da divulgação do levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que indicou que 65% dos 3.810 entrevistados concordam, total ou parcialmente, com a ideia de que mulheres que deixam o corpo à mostra merecem ser atacadas. Indignadas com o dado, muitas delas aderiram ao protesto online e postaram fotos seminuas.
Convocada pela manhã, a campanha pedia que mulheres tirassem a roupa, se fotografarem da cintura para cima, com um cartaz que dissesse: “Eu também não mereço ser estuprada”. A princípio, a campanha começaria às 20h, mas, antes do horário, muitas já haviam postado seus registros com o hashtag #EuNãoMereçoSerEstuprada. 
“Todos sabem que a sociedade está cada vez mais banalizada, mais ‘fácil’, mais ‘atrevida’ e com ‘menos’ roupas, mas isso não quer dizer que algum ser humano, seja homem, mulher ou homossexual, mereça de alguma forma passar pela humilhação, trauma e constrangimento de ser abusado sexualmente”, escreveu San Melo, uma das internautas.
Homens no protesto
Na campanha, muitas mulheres optaram por substituir suas fotos de perfil e capa por imagens de apoio ao protesto. Mas o ato contou também com a participação de muitos homens, que se indignaram com o pensamento predominante revelado pela pesquisa.
“Sou homem, tenho 26 anos, fui educado principalmente por uma mulher (minha mãe). Ela, desde que me conheço por gente, me ensinou, que, em primeiro lugar, devemos respeitar o próximo, independente de sexo, religião, raça, classe social”, escreveu Bruno Silva, que também postou fotos.
Durante o ato, alguns homens postaram mensagens ofensivas às mulheres, defendendo a ideia de que a exibição do corpo é, sim, motivo de estupro. As internautas Cláudia Costa e Leticia Branco protestaram imediatamente.
“Com as publicações aqui colocadas em tom ridículo de brincadeira, vemos claramente o posicionamento de alguns homens em relação a algo tão sério e acredito que nem deveriam ser respondidas”, escreveu Cláudia.
“Acho que todos os babacas escrevendo palhaçada têm que ser denunciados à polícia!”, anotou Leticia.
Mulheres grávidas e que ainda estão amamentado aderiram ao movimento. A criadora do protesto virtual, a jornalista e escritora Nana Queiroz, explicou que a intenção da manifestação era mudar a mentalidade das mulheres que falaram à pesquisa. Do total de entrevistados pelo Ipea, 66,5% são do sexo feminino.
— Queremos mostrar que pode, sim, andar na rua de minissaia, decote ou top. As mulheres precisam se sentir à vontade para mostrar os corpos e, talvez, com a aderência das amigas e de muitas outras à campanha, a gente consiga atingir essa mudança de mentalidade.

- Queria sair pelada na rua gritando que não mereço ser estuprada - brinca a escritora. - Mas resolvi pensar numa forma de atingir mais pessoas. Então veio a ideia de criar um protesto online, convocando milhares de mulheres.A jornalista de 28 anos comenta que o resultado da pesquisa não foi exatamente uma surpresa (“Vou para o trabalho todos os dias de bicicleta, usando shorts de ciclista, e todos os dias sou assediada na rua”), mas que se espantou com um percentual tão alto de entrevistados que concordam que a mulher que mostra o corpo merece ser atacada.
Nana, que nasceu em São Paulo e estuda o movimento feminista desde que cursava a faculdade de jornalismo, na USP, debateu sua ideia com um grupo de ativistas antes de criar o evento na rede social. Das discussões com as companheiras e com as participante já confirmadas da ação, surgiram as sugestões para que mães postem fotos amamentando seus filhos e ciclistas se fotografem usando shorts, ao lado de seus biciletas.
- Não queremos impor regras sobre como as mulheres devem manifestar seus corpos. Mas o objetivo é que as fotos chamem bastante atenção - esclarece Nana, que trabalha no jornal Metro, de Brasília.
Já os homens foram incentivados a apoiar a manifestação ajudando as mulheres a tirarem as fotos, por exemplo.
- Houve um grande debate sobre como os homens poderiam participar do protesto, mas chegamos à conclusão de que só as mulheres devem aparecer nas fotos, pois nós somos o foco nesse caso, não eles - comenta Nana, que já convocou o marido para tirar sua foto. - O melhor é perceber que o evento virou também um espaço online para discutir o tema.
A pesquisa
Realizada entre maio e junho de 2013, a pesquisa ainda revela que 58,5% concordaram, total ou parcialmente, que “se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros”. Os dados aparecem no estudo “Tolerância social à violência contra as mulheres”, realizado pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social. Apesar da maior parte dos entrevistados serem mulheres, Nana acredita que é um erro rotular as mulheres como “machistas”.
- Elas não podem ser machistas, pois são as oprimidas da história. Elas apenas repetem o discurso do opressor, que ouviram a vida inteira. Essas mulheres também são vítimas do machismo - afirma a jornalista.
A organizadora da manifestação virtual ainda pretende levar a iniciativa mais longe - ao Congresso.
- Seria excelente se conseguíssemos formular um projeto de lei para criação de canais de denúncia contra assédio na rua ou no transporte público.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Piloto da Avianca é demitido após xingar nordestinos no Facebook - MSN/Estadão


Um copiloto da Avianca foi demitido nesta sexta-feira, 28, após ter feito comentários preconceituosos sobre nordestinos em sua página no Facebook na noite de quinta-feira.
Ele reclamou do atendimento em um restaurante em João Pessoa, na Paraíba, porque um prato demorou a chegar. "Para manter o padrão porco, nojento, relaxado, escroto de tudo no Nordeste como sempre". O caso foi divulgado pelo apresentador de um programa local Nilvan Ferreira.
A Avianca afirmou em nota que "repudia veementemente o comentário atribuído a um funcionário seu, veiculado nas redes sociais, de cunho preconceituoso" e que "qualquer ato contrário à ética é desprezado" pela companhia. A empresa reforçou ainda o "seu respeito e admiração por todos os povos, independentemente de sua origem."
Após a repercussão do comentário na rede social e na imprensa, o piloto deletou a postagem e escreveu um texto se desculpando. "Fiz um comentário infeliz, num momento de raiva e insatisfação de atendimento do restaurante em que estava. Quero esclarecer que não tenho nada contra as pessoas do nordeste, lugar que com frequência fui feliz em escolher para passar os momentos em que não estava trabalhando. Conheci lugares e pessoas incríveis, fiz amizades que perduram até hoje, sendo prova disso, minha namorada, que conheci em Recife."

A seguir, a resposta do copiloto:

'Tolerância zero à violência contra a mulher', diz Dilma - MSN/Estadão

 

A presidente Dilma Rousseff comentou nesta sexta-feira, 28, em seu Twitter a pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a percepção dos brasileiros sobre a violência e discriminação contra as mulheres. Um dia depois da publicação, que mostrou, por exemplo, que 65% dos entrevistados acham aceitável o abuso daquelas que usam roupas curtas, a presidente foi taxativa: "tolerância zero à violência contra a mulher #Respeito".
Dilma também publicou no Twitter que "a sociedade brasileira tem muito o que avançar" no tema e que o resultado do levantamento "deixa claro o peso das leis e das políticas públicas"."Governo e sociedade devem trabalhar juntos", disse, "dentro e fora dos lares."
O Ipea entrevistou 3.810 pessoas entre maio e junho e também avaliou a opinião dos brasileiros quanto à discriminação contra homossexuais.
Neste quesito, o preconceito foi novamente visível. Em uma das perguntas, 59,2% dos entrevistados disseram que se sentem total ou parcialmente incomodados ao presenciar dois homens ou duas mulheres se beijando na boca em público.

SEPPIR lança Edital para implementação do Sistema de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR

Visando à implementação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade (Sinapir), a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR), lança hoje (27/03) a Chamada Pública N° 01/2014. Até 25 de abril, Estados e Municípios poderão apresentar propostas pelo Sistema de Convênios do Governo Federal (www.convenios.gov.br).
As propostas deverão contemplar duas áreas temáticas: Fortalecimento institucional de Órgãos, Conselhos, Ouvidorias Permanentes e Fóruns voltados para a Promoção da Igualdade Racial; e Apoio às políticas transversais e de ações afirmativas voltadas à juventude negra. Para a primeira área temática serão disponibilizados R$ 2.746.398,00, divididos em recursos de capital e custeio. Para a segunda área temática, serão disponibilizados R$ 400.000,00, exclusivamente para custeio.
Estados e Municípios deverão atentar para a necessidade de que todas as propostas estejam em conformidade com o “Manual de Orientação para Celebração de Convênios com Entidades Públicas”, disponibilizado pela SEPPIR/PR no Portal dos Convênios (www.convenios.gov.br). As propostas serão avaliadas segundo a qualidade técnica e a situação social da população negra da localidade onde a ação será implementada. A previsão é de que no dia 11 de junho todas as propostas já tenham sido avaliadas, possibilitando a celebração dos convênios.
Segundo a Assessora de Assuntos Federativos da SEPPIR, Eunice Léa Moraes, o objetivo da chamada é a descentralização, o fortalecimento, a integração e a ampliação das políticas públicas de enfrentamento ao racismo e de promoção da igualdade racial no Brasil. “Esse Edital representa um importante passo para o fortalecimento da institucionalidade das políticas públicas destinadas à superação das desigualdades étnico-raciais no país”.
Os entes federados que já aderiram ao Sinapir terão pontuação adicional em suas propostas, conforme previsto na Portaria SEPPIR/PR nº 8, de fevereiro de 2014, que regulamenta os procedimentos para a adesão dos Estados, Distrito Federal e Municípios ao Sistema.  A portaria traz ainda orientações e documentos necessários para o ingresso no Sinapir e define as modalidades de gestão para os participantes: Gestão Plena - somatório da pontuação obtida, multiplicado por 3; Gestão Intermediária - somatório da pontuação obtida, multiplicado por 2; Gestão Básica - somatório da pontuação obtida, multiplicado por 1,5.

COPPIR de São Vicente (SP) lança informativo sobre igualdade racial

A cidade de São Vicente acaba de lançar, através da Coordenadoria Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (COPPIRSV) uma revista sobre o tema. Nela, o leitor encontrará artigos sobre preconceito e discriminação, crimes de racismo, racismo no futebol, anemia falciforme, políticas de ação afirmativa e cotas nas universidades, entre outros. Parabéns à Coordenadora Alessandra Franco por ter a coragem de levar à frente esta iniciativa. É São Vicente  contra o racismo!!!

Pesquisa: 58,5% concordam que haveria menos estupros se mulheres 'soubessem se comportar' - O Globo

RIO - “Se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros”. Ao ler essa afirmação em um questionário do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 58,5% dos 3.810 entrevistados concordaram totalmente ou parcialmente com a frase. O dado aparece no estudo Tolerância social à violência contra as mulheres, realizado pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social e divulgado nesta quinta-feira.
Realizada entre maio e junho de 2013, a pesquisa aponta ainda que 63% concordaram, total ou parcialmente, que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”. Além disso, 89%, somando aqueles que concordaram totalmente e parcialmente, disseram concordar que “a roupa suja deve ser lavada em casa”. O percentual dos que acreditam que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” também foi alto: 82%.


Bolla, ativista do movimento negro do PT morre em Brasília - Afropress

Brasília – José Galvão Mesquita, conhecido como Bolla, ex-assessor especial da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) faleceu na manhã desta quinta-feira (27/03), no Hospital Santa Luzia, em Brasília.
Bolla tinha hepatite e estava com as plaquetas sanguíneas debilitadas. Na noite desta quarta-feira sofreu uma hemorragia generalizada e não resistiu. Atualmente ele ocupava a função especial da Secretaria de Articulação Institucional da Presidência da República.
Seu corpo estará sendo velado em Brasília, até amanhã às 10h30, no Cemitério Campo da Boa Esperança, Capela Templo I (916 Sul, em frente ao setor Hospitalar Sul), mas os amigos e a família se mobilizam para providenciar o enterro em S. Paulo, em local, data e horário ainda não definidos.
Ainda nesta sexta o corpo seguirá para S. Paulo, onde será velado na Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100 - 1º andar, anexo ao lado do Plenário) das 12h às 08 horas do dia 29, sábado. O sepultamento ocorrerá no próprio sábado, às 9h, no Cemitério do Carmo, em S. Paulo (Rua Professor Hasegawa).
Quem foi
Bolla integrou como tesoureiro da diretoria da Associação Soweto, que reuniu lideranças como Flávio Jorge Rodrigues, Flavinho, e a ex-ministra, atual secretária–adjunta da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial de S. Paulo (SMPIR), Matilde Ribeiro. Posteriormente foi para Brasília onde passou a ser assessor especial da SEPPIR na gestões de Matilde, Edson Santos e Elói Ferreira.
A última atividade de Bolla com vida foi participar do acampamento em três tendas montadas na beira que dá acesso ao Complexo da Papuda, onde cumprem pena os membros da ex-direção do PT, entre os quais o ex-presidente José Genoíno, e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, a quem bola era ligado politicamente. Graças a Dirceu, se tornou um dos membros indicados pela SEPPIR para a Equipe de Transição que preparou a posse da atual presidente Dilma Rousseff.
Bola também teria exercido a função de segurança e de motorista do ex-ministro e chegou a SEPPIR logo após a queda de Dirceu da Casa Civil, no escândalo do mensalão. Na gestão do ex-ministro e atual deputado federal pelo Rio, Edson Santos, também ligado a Dirceu, ele passou a ser presença constante nos bastidores de todos os eventos e reuniões das quais o ministro tomava parte. Posteriormente seria promovido, já na gestão do sucessor de Santos – o ex-ministro Elói Ferreira – ao cargo de gerente de projetos ocupando o cargo de DAS – Direção e Assessoramento Superior.

Taxa de negros mortos pela polícia de SP é 3 vezes a de brancos, diz estudo - G1.com

O índice de negros mortos em decorrência de ações policiais a cada 100 mil habitantes em São Paulo é quase três vezes o registrado para a população branca e a taxa de prisões em flagrante de negros é duas vezes e meia a verificada para os brancos. É o que mostra um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que será divulgado oficialmente no dia 2 de abril.
Os dados revelam que 61% das vítimas da polícia no estado são negras, 97% são homens e 77% têm de 15 a 29 anos. Já os policiais envolvidos são, em sua maioria, brancos (79%), sendo 96% da Polícia Militar.
A coordenadora da pesquisa, Jacqueline Sinhoretto, diz que existe hoje um “racismo institucional”. “Não é que o policial como pessoa tenha preconceito. É o modo como o sistema de segurança pública opera, identificando os jovens negros como perigosos e os colocando como alvos de uma política violenta, fatal”, diz.
O estudo sobre a letalidade policial, feito pelo Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos da universidade, levou em conta 734 processos da Ouvidoria, de 2009 a 2011, com 939 vítimas.
Procurada pelo G1, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo diz que não teve acesso ao teor e à metodologia da pesquisa, "o que a impede de fazer comentários mais precisos sobre as conclusões". "No entanto, os dados do estudo serão avaliados pela SSP e pelas polícias. O objetivo é definir se os dados apurados podem subsidiar aprimoramentos das políticas públicas de segurança", informa, em nota.
“Isso é grave. Só o fato de a polícia ter um grau de letalidade tão alto já é muito problemático para uma democracia. Quando isso ainda contém um viés racial tão claro é porque a gente está diante de uma desigualdade, produzida por uma política de segurança definida”, afirma Jacqueline.Quando os dados de mortes de 2011 de negros (193) e brancos (131) são comparados à população de cada etnia residente em SP, a taxa de negros mortos por 100 mil fica em 1,4, contra 0,5 dos brancos. Segundo os números da pesquisa, a população de negros no estado de São Paulo é de 14,3 milhões e a de brancos, 26,4 milhões.Para ela, uma das causas da alta letalidade policial é a impunidade. A pesquisa revela que 94% dos inquéritos policias do período foram concluídos sem indiciar nenhum policial. Em 73% deles, a razão apontada pelos delegados foi a de que “não houve crime de homicídio por parte dos policiais”.

Existe um racismo institucional. Não é que o policial como pessoa tenha preconceito. É o modo como o sistema de segurança pública opera, identificando os jovens negros como perigosos e os colocando como alvos de uma política violenta, fatal".
Letalidade policial em SP (Foto: Arte/G1)

Jacqueline Sinhoretto, coordenadora da pesquisa da UFSCar
Com relação à Corregedoria, 60% dos processos identificaram que não houve transgressão disciplinar na conduta dos policiais. “Eles fazem isso sem realizar uma investigação mais aprofundada. O que a gente viu nos autos é que a conclusão é feita de maneira sumária. É um pressuposto de que a polícia atirou porque a pessoa era criminosa”, diz a coordenadora do estudo.
“A morte violenta, no entanto, ocorre muito precocemente. Isso indica que outras políticas de prevenção e repressão ao crime não foram nem sequer tentadas com esses cidadãos, isto supondo que eles realmente cometeram crimes, porque se não há apuração, não se pode afirmar se eles foram mesmo mortos porque cometeram delitos”, complementa.
Jacqueline diz que há atualmente uma “conivência” de todas as esferas com a política violenta exercida em São Paulo.

Prisões em flagranteA pesquisa também fez um recorte das prisões em flagrante por homicídio e roubo realizadas no estado de 2008 a 2012, com base nos dados da Secretaria da Segurança Pública. Os negros foram novamente maioria.
Quando os dados de prisões de 2012 de negros (3.592) e brancos (2.682) são comparados à população de cada etnia residente em SP, a taxa de negros presos a cada 100 mil fica em 35, ante 14 dos brancos. “Isso mostra que a polícia está fazendo a vigilância e a repressão, violenta ou não, privilegiando claramente os jovens negros, de modo racializado”, afirma.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Policiais envolvidos na morte de mulher no Rio têm prisão temporária decretada - MSN Estadão

Policias que arrastaram mulher no Rio têm prisão decretada

RIO - Dois policiais militares que lideraram a operação que resultou na morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, no dia 16, tiveram a prisão temporária decretada nesta quinta-feira, 27, por 30 dias. O 1.º tenente Rodrigo Medeiros Boaventura era o chefe da equipe, enquanto o 2.º sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno era o segundo líder do grupo.
"Sem a prisão será bastante improvável que se leve a bom termo as investigações, com o esclarecimento dos fatos. A atividade participativa dos moradores da comunidade não se mostra favorável quando se cuida de prestação de depoimentos sobre fatos que alcançam pessoas que percorrem as ruas e vielas, armados e fardados, onde vivem desprotegidos", afirma o juiz Murilo Kieling em sua decisão. "A prisão temporária é de caráter cautelar, sem culpa formada, provisória", continua o magistrado.
Kieling também determinou que a prisão de Ronald Felipe dos Santos, morador que testemunhou o tiro contra Cláudia, também foi atingido e indiciado por tráfico de drogas e tentativa de homicídio contra os policiais, seja transformada de preventiva em temporária por 30 dias.

Racismo no Futebol: Produto de uma Nação. Alessandra Franco


Mais um dia, saio de casa para o trabalho, chego ao vestiário, cumprimento os companheiros.
Entramos em campo, para mais um início de partida. Hoje, estou inspirado, sabe
aqueles dias que cada toque sai perfeito, hoje estou assim. O jogo está lindo, foram cinco gols a dois, ganhamos, é um gol meu, saímos felizes, quando de repente, escutei, um torcedor
gritando em minha direção, macaco...
O racismo no futebol, apenas retrata o produto de uma Nação. Dentro das quatro linhas,
tudo vale e fora delas também, respeitar a diversidade, nem pensar, isso porque
ainda estamos no âmbito esportivo, aí os holofotes existem. E qual foi á punição?
O racismo enraizado na nossa Pátria Mãe gentil, essa doença social, ainda incurável, faz milhões de
vítimas todos os dias. Vítimas, que não tem holofotes, não tem renda, sem garantias, essas vítimas, Claudias, Amarildos, quais foram ás condenações? Buscamos um dia, acordarmos com a cura, onde todos seremos cidadãos de direito e principalmente de fato, porém até esse dia chegar,
conheço um remédio, as Ações Afirmativas, são medidas
especiais e temporárias, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas,
garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, decorrentes de
motivos raciais, étnicos, gêneros, entre outros. Essa chaga é enfrentada pela educação, base de tudo, implementação da lei nº 10.639/03, já se vão onze e nada, por que será? É o
“famoso” racismo institucional, estamos ilhados por todas as partes, por esse produto de uma Nação, racismo. Educação, capacitação, e agora, mercado de trabalho, é o quê há? Cotas
já, para garantia de acesso e oportunidade, esse é o caminho, para uma população assolada na base da pirâmide social,
AÇÕES AFIRMATIVAS, JÁ!

Por Alessandra Franco Advogada, Coordenadora de Políticas
de Promoção da Igualdade Racial de São Vicente,
Comunicadora do Programa Igualdade Racial na Rádio
Cacique AM

‘Autorretrato Nordeste’ leva oficinas e mostras de fotografia a comunidades de Alagoas - Funarte


Estimular o fortalecimento da identidade negra alagoana é um dos principais objetivos do projetoAutorretrato Nordeste – Quilombos de Alagoas, que chega à terceira edição. Contemplado no Prêmio Funarte de Arte Negra, o projeto realiza oficinas e mostras de fotografias em quatro comunidades quilombolas do interior do estado. Em abril, nos dias 5 e 6, Bom Despacho, na zona rural de Passo do Camaragibe, no Norte de Alagoas, recebe as atividades do projeto. Na primeira etapa, nos dias 22 e 23 de março, também em Bom Despacho, cerca de 25 adolescentes participaram da oficina e aprenderam técnicas de fotografia digital, aplicadas na captação de aspectos tradicionais do lugar. A comunidade, de origem quilombola, composta por 208 famílias, mudou sua rotina pacata e se mobilizou para produzir seus autorretratos. A proposta é estimular os participantes, a partir de seu próprio olhar, a observar e registrar o lugar onde vivem, valorizando as riquezas culturais e geográficas que expressam a identidade única de cada comunidade.
As próximas ações do projeto serão realizadas em mais três comunidades quilombolas: Cajá dos Negros (Batalha), Sabalangá (Viçosa) e Palmeira dos Negros (Igreja Nova). Além das oficinas, mostras de fotografia também são organizadas em cada uma das localidades. “O propósito é aproximar esses jovens que vivem em comunidades do interior das novas tecnologias e das artes visuais, mas sem distanciá-los de seus valores e do mundo em que vivem. Neste trabalho, de valorização cultural e de democratização das artes, mostramos que é possível ‘fazer’ e ‘apreciar’ arte em qualquer lugar”, diz o coordenador do projeto, Waldson Costa.

Segundo ele, o trabalho também é uma oportunidade das comunidades quilombolas mostrarem suas identidades e os aspectos do cotidiano. “Nossa proposta final neste trabalho é montar uma grande exposição na semana da Consciência Negra com as fotografias captadas pelos adolescentes para mostrar as belezas da identidade negra alagoana. Assim como, as misturas de raças, culturas, crenças e até mesmo fatores da integração econômica e social das comunidades remanescentes de quilombos”, completa Costa, ao enfatizar que ao final as imagens também vão compor um catálago e um conjunto de cartões-postais que serão distribuídos gratuitamente.
Todas as atividades do projeto Autorretrato Nordeste são gratuitas. Nas duas primeiras edições, em 2009 e 2011, o projeto realizou atividades nos municípios de Maragogi, Porto de Pedras, Marechal Deodoro, Piranhas, Pão de Açúcar, Santana do Mundaú, Palmeira dos Índios, União dos Palmares, Feira Grande, Penedo e Pariconha, garantindo a participação de mais de 250 crianças e adolescentes em oficinas, mostras e exposições fotográficas.

Brasilienses lembram o caso Claudia - Correio Brasiliense

Caso Cláudia Ferreira é o motivo principal de protesto contra o racismo em Brasília (Reprodução/Internet)

O caso Cláudia Ferreira foi repercutido em todo o Brasil pela barbárie contra a população. Em Brasília, um grupo de mulheres negras organiza o protesto "Somos todas Cláudias", ato em repúdio ao racismo e à violência racial. Cláudia foi arrastada por uma viatura da Polícia Militar, no Rio de Janeiro.

Para a organizadora do evento, Cris Pereira, a morte de Cláudia tem um elemento racial muito forte. "O caso chocou a todos, brancos e negros, estudantes e trabalhadores. Brasília não tinha uma manifestação nesse sentido na luta contra a violência da população", afirmou.
A concentração da manifestação será às 17h desta terça-feira (25/3) na Praça Zumbi dos Palmares, em frente ao Conic, no Setor de Diversão Sul. De lá, as mais de 800 pessoas que confirmaram presença no evento vão fazer uma passeata até a Rodoviária do Plano Piloto.

Na página do evento no Facebook, os moradores são convidados a lutar contra a injustiça com os negros. "O racismo viola a humanidade das pessoas negras no Brasil e autoriza que sejamos assassinados diariamente. O racismo justifica a indiferença perante as nossas dores e os nossos gritos por cidadania", diz a publicação.

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No percurso, de cerca de 500 metros, os manifestantes farão um corredor com fotos de Cláudia para mobilizar a população que passa pelo local, de acordo como uma das participantes do ato, Uila Gabriela. Na terminal de ônibus haverá uma intervenção política e artística com artistas da cidade que apoiam o movimento. Ellen Oléria, GOG e o grupo Adora Roda confirmaram presença.

Segundo a organização, não se trata somente de uma ação simbólica. Haverá a distribuição de um manifesto escrito e laços de luto pela memória de Cláudia e muitas outras vítimas fatais do racismo no Brasil. A intenção é alertar práticas racistas cotidianas que ocorrem na sociedade.

"Reivindicamos para que nossos corpos, tanto de homens quanto mulheres, não sejam vítimas da violência, como o de Cláudia, que só foi mais um exemplo de racismo", disse Uila.

Entenda


A auxiliar de serviços gerais Cláudia da Silva Ferreira morreu no dia 16 de março depois de levar dois tiros de fuzil durante uma operação policial no Morro da Congonha, em Madureira, Zona Norte do Rio. Segundo testemunhas, ela ainda estava viva quando foi socorrida por policiais militares e levada ao hospital. No trajeto, o porta-malas do camburão se abriu e Cláudia, pendurada pela roupa, foi arrastada no asfalto por, pelo menos, 350 metros.

Os três PMs que socorreram a mulher chegaram a ficar presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Presídio de Bangu 8, mas, no último domingo (23/3), foram libertados por falta de provas quanto à autoria dos disparos que atingiram Cláudia. Eles alegam que colocaram a auxiliar de limpeza no porta-malas pela impossibilidade de abrir a porta lateral do carro, que estaria cercado por moradores revoltados.

O crime provocou manifestações indignadas de entidades da sociedade civil e de autoridades. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, classificou a conduta dos PMs de "repugnante e desumana". A presidente Dilma Rousseff postou me uma rede social que "a morte de Cláudia chocou o país".

Brasileiros acham que há racismo, mas somente 1,3% se consideram racistas - Correio Brasiliense

O preconceito é uma marca comum no cotidiano dos brasileiros. Está nas casas, nas escolas e no ambiente de trabalho. Dados preliminares de uma pesquisa inédita do Instituto Data Popular põem à prova o mito da democracia racial. O estudo, em fase de conclusão, mostra que, apesar de 92% dos brasileiros acreditarem que há racismo no país, somente 1,3% se considera racista. O instituto calculou que 92 milhões (68,4%) dos brasileiros adultos já presenciaram um branco se referir a um negro como “macaco”. E, destes, apenas 12% tomaram alguma atitude. O levantamento mostra ainda que um em cada seis homens brancos não queria ver uma filha casada com um homem negro.

A cantora Naiara Lira já ficou perplexa com o 'elogio' de um fã, que escancarou a posição racista: 'Ele me disse que eu não sou negra, sou linda' (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
A cantora Naiara Lira já ficou perplexa com o "elogio" de um fã, que escancarou a posição racista: "Ele me disse que eu não sou negra, sou linda"

Câmara aprova cota de 20% para negros na administração federal - G1

Deputados comemoram aprovação de projeto que estabelece cota de 20% das vagas para negros na administração federal (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
A Câmara aprovou nesta quarta-feira (26), por 314 votos a favor, 36 contra e 6 abstenções, projeto de lei que reserva 20% das vagas em concursos públicos da administração federal para candidatos que se declararem negros ou pardos. O texto, que tramita em caráter de urgência desde novembro de 2013, é de autoria do governo federal e ainda precisa de aprovação do Senado antes de seguir para sanção presidencial.
A proposta limita a aplicação das cotas ao prazo de dez anos. De acordo com o texto, a reserva de vagas vale em concursos realizados para a administração pública federal, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União, como Petrobras, Caixa Econômica Federal, Correios e Banco do Brasil. O projeto não estende as cotas para os poderes Legislativo e Judiciário.
Pela proposta, a reserva será oferecida sempre que o concurso oferecer mais de três vagas. Poderá concorrer pelo sistema de cotas o candidato que se autodeclarar preto ou pardo no ato da inscrição do concurso. Na justificativa do projeto, o governo argumenta que a matéria é uma “política afirmativa” necessária para solucionar o problema da subrepresentação de negros e pardos no serviço público federal.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), militante pelos direitos dos negros, afirmou em plenário que há desconhecimento da Constituição por parte daqueles que são contrários às cotas e às ações afirmativas. Para a parlamentar, é preciso promover a “convivência fraterna" junto a diferentes etnias que compõem o Brasil.
“Eu sou uma negra. Não vou fazer nenhum discurso técnico. Quero apenas falar do sentimento de nós, negros, maioria nesse país [...]. As cotas dos não negros, sempre convivemos com elas, porque não foram para a escola os nossos filhos, não foram para a universidade os nossos filhos. Eles não tiveram nenhum cargo que pudéssemos achar que é um cargo digno do seu conhecimento. Essa é a cota com a qual nós convivemos”, declarou.
O deputado Marcos Rogério (PDT-RO), autor de voto em separado contrário ao texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), disse que toda a proposta da reserva de vagas no serviço público é inconstitucional, por não obedecer o princípio da isonomia, que garante direitos iguais a todos os cidadãos. Segundo o parlamentar, a proposta vai contra a meritocracia.
“Já existe cota racial para entrar na universidade, quando é feito um nivelamento intelectual que põe todos em pé de igualdade. Para que criar uma nova cota no serviço público se houve oportunidade para formação universitária?”, questiona Rogério.
De acordo com o relator da proposta na CCJ, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), as vagas no Legislativo e no Judiciário não foram incluídas no projeto por dependerem de decisões próprias de cada poder.
"Para o Legislativo, caberia às mesas diretoras da Câmara e do Senado propor. No caso do Judiciário, cabe ao Supremo Tribunal Federal mandar o projeto", disse.
O relator disse, ainda, acreditar que o país está preparado para a proposta. "Eu acho que o Brasil já aprovou lei de cotas tardiamente. Os Estados Unidos fizeram logo no pós-Segunda Guerra Mundial ações afirmativas de cotas. É uma medida que é importante de aprovar, e esta é a hora", completou.

quarta-feira, 26 de março de 2014

MEC distribuirá à rede livros sobre história afro-brasileira

O Ministério da Educação lançou os livros Síntese da coleção História Geral da África e História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil. A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC com a Unesco no Brasil, no âmbito da lei nº 10.639 de 2003, que determina a inclusão de conteúdos sobre a história da cultura afro-brasileira e africana na educação básica nos sistemas de ensino.
Saiba mais: http://goo.gl/ApnGHd
Download - História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil:http://goo.gl/lqTo7U

Vamos Denunciar...

Lançamento da Campanha São Vicente contra o Racismo- Site A Primeira

Feliciano pode ser preso por crime de preconceito contra religião - Site Pragmatismo Político

Na última sexta-feira (21) o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquérito para investigar se o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) cometeu o crime de preconceito contra religião. A ação foi movida a partir de um vídeo no qual o pastor diz que no futuro haverá “o sepultamento dos pais do santo” e o “fechamento de terreiros de macumba”.
Na autorização assinada pelo ministro Gilmar Mendes, o magistrado estabelece que a Policia Federal tome depoimento de Feliciano no prazo de 30 dias. Como o parlamentar tem foro privilegiado, ele só pode ser investigado em inquérito comandado pela Procuradoria Geral da República autorizado pelo Supremo.
O procurador Rodrigo Janot disse que, no vídeo, Marco Feliciano pratica crime previsto no artigo 20 da Lei do Racismo. O texto tipifica como crime de preconceito “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. A punição prevista é de um a três anos de prisão e multa.
De acordo com a Procuradoria Geral da República, duas ações foram encaminhadas ao STF contra o deputado do PSC: uma do Ministério Público de São Paulo e outra do MP do Distrito Federal. Consta também um pedido de apuração da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial.
A seguir, você pode conferir o vídeo onde Feliciano prevê o “sepultamento dos pais de santos”. É bom que um grande número de pessoas assistam a este vídeo antes que ele seja retirado do ar. Só para sabermos bem quem é quem.

Faltam ‘africanidades’ no quintal de nossas vidas - Marili Ribeiro

Bahia Moda 2

Eles são muitos e bem diferentes entre si. Saíram originalmente da Baía de Benin e da costa do Congo e Angola, áreas onde o tráfico era especialmente ativo. Ali os vencidos eram vendidos pelos próprios pares, os líderes locais, aos comerciantes de seres humanos de países europeus e americanos. A organização social do continente africano identificava seus cidadãos por famílias, clãs, tribos, etnias, dialetos e credos. Aos derrotados, à escravidão. A enorme diversidade do continente sugere uma sociedade bem mais complexa do que aquela a que chamamos “africana”. Mencionar tal cenário condiz com preocupações de estudos sociológicos, e também explica muita coisa. Explica porque, aos olhos da desinformação generalizada sobre a origem dos povos africanos, os negros ficam todos parecidos. Pior. Permite “confusões” entre ladrão e inocente, como a que aconteceu agora com o comerciante Vinícius Romão, que passou 16 dias na cadeia por erro da mulher que foi assaltada “por um negro”. E, vejam, num país chamado Brasil, onde pardos e negros somam quase 60% da população, segundo o censo por raça e cor de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Touché. Somos uma terra multirracial mas ignorante sobre o fato. A falta de conhecimento sobre a cultura africana é generalizada e prejudicial a todos, sejam brancos, amarelos ou negros. E, o que torna tudo péssimo, alimenta o racismo. Nas coisas mais simples, fica evidente a ausência do cultivo às tradições, aos hábitos e às origens desses povos que vieram para cá. O pouco que se sabe está restrito a guetos. Até mesmo em segmentos fáceis de incorporar ao cotidiano da grande maioria, não se encontram referências. Um bom exemplo é a moda. Brasileiro adora moda, se enfeitar e exibir. Mas são raras as butiques que se dediquem a encher as vitrines com a moda africana. Seria um bom começo. Daí a surpresa com a Katuka Africanidades, uma lojinha especializada em peças vindas da África e situada num local emblemático: a Praça de Sé, ao lado daFundação Pierre Verger no coração de Salvador (BA). Deveriam haver muitas “Katukas” pelo Brasil encantando consumidores e enaltecendo uma cultura que tem tanta confluência com a nossa. Mas são raras as butiques dedicadas ao que vem de Benin, Congo, ou Angola.
A história da loja de artigos africanos começou há pouco mais de cinco anos, quando um paulista ao lado do sócio baiano decidiram criar uma marca que trabalhasse as questões étnica e religiosa tão expressivas na capital baiana. Nasceu assim a Katuka Mercado Negro, dedicada a comercializar tecidos, livros, guias, contas e indumentárias especiais do Candomblé. Como a investida cresceu, surgiu à Katuka Africanidades, essa voltada para moda, arte e a decoração. A Bahia que é o estado de maior população negra no Brasil – 76,6 % da população da Bahia tem origem negra, segundo IBGE – torna natural que ali proliferassem lojas do gênero. Mas não é assim. Mais que isso, quem ainda mais frequenta a loja são os turistas estrangeiros.
Lá mesmo na Bahia assistimos ainda ao triste espetáculo dos cordões de proteção aos foliões, no celebrado circuito Barra-Ondina, composto por negros de todos os matizes, cercando e garantindo “segurança” aos brancos/turistas se divirtam seguindo os trio elétricos sem ser incomodados. Na tentativa de descontruir esse comportamento nefasto, que em São Paulo se repete sem tanta ostentação, já que o Carnaval é menos eletrizante, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad decretou o fim do cordão de isolamento. Os blocos carnavalescos não poderão ter abadás ou cordas que separem o trio elétrico do público. As diretrizes para a folia foram publicadas no Diário Oficial do município com a justificativa de que, por se tratar de ocupação temporária de bens públicos, as manifestações do Carnaval de rua não podem utilizar cordas, correntes, grades e outros meios de “segregação do espaço, que inibam a livre circulação do público”. Uma medida que vai exatamente na contramão da cidade como Salvador, onde, há anos, o Carnaval de rua é segregado por cordas e abadás com aplausos das autoridades. Detalhe: a presidenteDilma Housseff anunciou que irá assistir à festa em Salvador. Talvez lá ela se sinta mais segura.

Presidente do Conselho Estadual da Comunidade Negra visita Leme

  

Nesta terça-feira, Leme teve a honra de receber o Dr. Marco Antonio Zito Alvarenga, presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo. Inicialmente recebido pelo prefeito Paulo Blascke durante o café da manhã com a imprensa e posteriormente em capacitação para membros do conselho e da sociedade civil. Iniciativa do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Leme e Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SADS).

CCJ adia votação do PL das Cotas para concurso público federal - SEPPIR

Comissão adiou para amanhã (26/03), às 10h, votação do PL 6738


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados adiou para amanhã (26/03), às 10h, a votação do PL 6.738/2013, que prevê a reserva de 20% para negros das vagas em concursos públicos no âmbito da administração federal. 
O debate ocorreu durante a tarde de hoje. O projeto tem parecer favorável do relator.

Especialista da ONU ressalta importância da integração dos países da América Latina e Caribe na luta contra o racismo - SEPPIR

Especialista da ONU ressalta importância da integração dos países da América Latina e Caribe na luta contra o racismo

“Unir as vítimas de racismo em nível global deve ser o objetivo. Assim, a estratégia racista de dividir as vítimas e enfraquecê-las perde a força”. Foi a partir desta fala que o especialista da Organização das Nações Unidas – ONU, Doudou Diène, iniciou sua participação no painel “Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância: adoção e ratificação”, durante Reunião Regional da América Latina e do Caribe sobre a Década dos Afrodescendentes, em Brasília-DF.

O evento, ocorrido nos últimos dias 20 e 21/03, foi uma iniciativa da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Diène defendeu que todos os atingidos pelas práticas racistas no mundo juntem forças, sem distinção da origem. “Minha sugestão é definir estratégias conjuntas, com todos os grupos minoritários unidos”, declarou.

No contexto dos avanços obtidos com os debates em níveis internacionais, o especialista citou o fortalecimento da Convenção Interamericana Contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. Com igual importância, ele fez referência à Convenção Interamericana Contra Toda Forma de Discriminação e Intolerância, ambas aprovadas em junho do ano passado.

Estiveram em destaque, ainda, os desdobramentos ocorridos na III Conferência de Durban, realizada em setembro de 2001, na África do Sul. O evento resultou em uma Declaração e um Plano de Ação, que demonstram o comprometimento dos 173 países participantes na luta contra o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerâncias correlatas.

Carta Democrática Interamericana
No mesmo parte da tarde do primeiro dia do evento, o representante da Organização dos Estados Americanos - OEA, Roberto Rojas, apresentou os princípios estabelecidos na Carta Democrática Interamericana, aprovada na primeira sessão plenária, em 11 de setembro de 2001.

Além disso, itens das Convenções aprovadas foram ratificados. Destaque para o conceito de racismo, que, conforme os documentos, é definido como “qualquer teoria, doutrina, ideologia ou conjunto de ideias que estabelecem um nexo de causalidade entre as características fenotípicas ou genotípicas de indivíduos ou grupos e seus traços intelectuais, culturais e de personalidade, incluindo o falso conceito de superioridade racial”.

Paraguai
Shirley Cantero, representante do Paraguai, chamou a atenção para o fato de seu país ainda não ter ratificado a Convenção. Para ela, a medida é necessária, visto a realidade vivida pelos conterrâneos. “Afrodescendentes não se reconhecem como tal”, afirmou.

A paraguai citou casos de indivíduos que, apesar das características físicas próprias, não se autodeclaram negros. “Quando perguntamos se são afrodescendentes, a resposta é negativa. Porém, quando interrogamos se os pais, avós ou bisavós são de ascendência africana, a resposta é positiva”.

Nesse sentido, Shirley demonstrou a preocupação em promover ações que modifiquem a forma como a população negra se identifica. Entre as medidas, consta a inserção no censo, a partir de 2012, de dados específicos para identificação dos afroparaguaios.

Argentina
Durante o evento, a representante da argentina, Julia Contreras, afirmou que “a Convenção tem que estar acompanhada por políticas públicas efetivadas em conjunto com Ministérios de saúde, cultura, planejamento, entre outros”. Para ela, os investimentos na melhoria da qualidade de vida da população precisam alcançar resultados visíveis.