Mesmo aos 37 anos, Márcio Chagas da Silva pode largar o apito. A ideia foi levantada pelo próprio árbitro após a decisão do Gauchão, vencida pelo Inter por 4 a 1 neste domingo. Apertado entre a porta que dá acesso ao seu vestiário e rodeado de microfones, Chagas promete avaliar para ver se há "empolgação" para seguir a carreira após sua denúncia de caso de racismo no estadual. Uma das possibilidades pode ser o comentário esportivo.
- Eu vou fazer uma reflexão na próxima semana. Para ver se ainda há empolgação para continuar isso aí. Não pelo fato em si (racismo), mas a questão da impunidade me faz refletir algumas coisas - disse Chagas.
Márcio conta que o sua grande decepção se deu com a defesa do Esportivo, que tentou provar que ele estava mentido sobre as fotos das bananas em seu carro. No entanto, se sente recompensado pelos aplausos recebidos pela torcida no Gre-Nal.
- Ser chamado de mentiroso... Tudo foi um desgaste muito grande, para minha família também. Como se eu tivesse forjando algo. Eu estava incrédulo com o tribunal na quinta-feira, mas tenho a esperança de que alguns valores serão resgatados - afirmou. - O aplauso que recebi fez tudo valer a pena.
Tudo começou há pouco mais de um mês, quando Chagas trouxe à tona o polêmico assunto ao avistar seu carro ornado de bananas até no cano de descarga, após o jogo entre Esportivo e Veranópolis, em 5 de março, no qual também fora alvo de insultos dessa espécie durante o confronto.
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