Nos dias 14 e 15 de abril, o Grupo de Trabalho do Colegiado Setorial de Cultura Afro-Brasileira se reunirá no auditório da Fundação Cultural Palmares, em Brasília (DF), para debater as estratégias de construção do Plano Setorial para a Cultura Afro-brasileira. É mais um passo para o reconhecimento e a valorização das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras como patrimônios nacionais.
A construção do Plano Setorial para a Cultura Afro-brasileira, que está respaldada no cumprimento da meta de número 46 do Plano Nacional de Cultura (PNC), será coordenada pela Fundação Palmares, e terá como primeira etapa a definição dos seus eixos de atuação, bem como metas e ações, que deverão, após aprovação, orientar a elaboração e implementação de políticas públicas para a cultura afro-brasileira.
Primeiro encontro
Um dos principais objetivos desta primeira reunião é discutir a estratégia de ampliação dos debates para a construção do Plano. De acordo com o diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da FCP-MinC, Lindivaldo Júnior, a participação de todos os agentes da cultura negra é importante. “Somente conhecendo as ideias e necessidades de quem faz a cultura afro-brasileira é que poderemos criar um Plano que atenda a todos e seja verdadeiramente democrática”, pontua.
“É importante estudarmos e entendermos as metas do PNC e suas interfaces para que possamos construir um Plano que contenha metas factíveis, e ao mesmo tempo, possa dialogar com os outros planos setoriais para que seja efetivado também nos planos municipais e estaduais”, afirma.
Foco no patrimônio afro-brasileiro
Para o diretor da FCP-MinC, existe atualmente um esforço brasileiro na consolidação das políticas de ações afirmativas e, segundo ele, esse é o momento ideal para a criação de um instrumento focado na promoção, no fomento e na preservação do patrimônio cultural afro brasileiro.
“É nosso dever consolidar políticas públicas que valorizem e reconheçam a cultura afro-brasileira e suas contribuições históricas para a formação da cultura brasileira”, aponta. “Mas, para que isso aconteça, é necessário estimular o debate e a reflexão buscando nessas referências as bases para um plano construído de forma democrática e inclusiva”, analisa o diretor.
Próximas etapas
As próximas etapas envolvem reuniões e debates de caráter nacional que estimulem a sociedade a refletir sobre a importância do Plano para a cultura nacional. “O plano será o norteador da política de cultura afro-brasileira e, o seu ponto mais forte, é que ele está sendo feito em parceria com as lideranças escolhidas pela sociedade para tal”, argumenta Lindivaldo Júnior. “Para nós, o mais importante é alcançar o máximo de contribuição de todos os municípios, para que quando o documento final seja aprovado, todos se sintam contemplados”, afirma.
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